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Criminal

MP denuncia casal por morte de zelador na capital

Marido e mulher são acusados de homicídio qualificado e outros crimes

O Ministério Público do Estado de São Paulo ofereceu, no último dia 21/7, denúncia (acusação formal) à Justiça contra Eduardo Tadeu Pinto Martins e sua esposa Ieda Cristina Cardoso da Silva Martins pela morte do zelador Jezi Lopes de Sousa, que teve o corpo esquartejado e parcialmente queimado. O crime aconteceu no dia 30 de maio na zona norte da Capital. Os dois foram denunciados por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver, vilipêndio a cadáver e fraude processual, entre outros crimes.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Promotor de Justiça Eduardo Luiz Michelan Campana, do II Tribunal do Júri, Eduardo Martins e Ieda Martins praticaram o crime por motivo torpe, utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima, além de ocultar e destruir parte do cadáver. O Ministério Público ainda quer que seja aplicado aos dois réus o aumento de pena (um terço) pelo fato de o crime ter sido cometido contra pessoa maior de 60 anos de idade.

Ainda de acordo com a denúncia, Eduardo Martins agiu por vingança em razão de desentendimentos anteriores com o zelador do prédio onde residia relacionados às questões de condomínio, tais como vagas de garagem, entrega de jornais e de correspondências, passando a nutrir sentimento de ódio em relação à vítima. Consta da denúncia que Martins aproveitou o momento que o zelador fazia a entrega das correspondências no andar onde mora e passou a agredi-lo violentamente, forçando-o a entrar em seu apartamento. Fechada a porta, continuou agredindo a vítima até a sua morte.

Para a Promotoria, Ieda Martins sabia da intenção do marido de matar o zelador e prestou-lhe apoio moral, instigando-o à prática do crime, prometendo ajuda e orientação para ocultar o cadáver da vítima, depois de consumado o crime.

A denúncia foi recebida parcialmente pela Justiça no último dia 22. Houve rejeição em relação a determinados delitos conexos em razão de pretenso conflito aparente de normas, o que não afeta a descrição dos fatos na denúncia. A Promotoria interpôs recurso em sentido estrito contra essa decisão.

Os dois denunciados tiveram a prisão preventiva decretada. Eduardo consta como executor e Ieda como partícipe do homicídio praticado contra o zelador.

Leia a denúncia e decisão.