MP obtém condenação do último membro do PCC julgado por morte de juiz
MP obtém condenação do último membro do PCC julgado por morte de juiz
Acusado recebeu pena de 26 anos e oito meses de reclusão
O Ministério Público obteve, na última quinta-feira (10/7), em júri popular, a condenação de Adilson Daghia, o “Di”, pelo planejamento e participação na execução do Juiz de Direito Antonio José Machado Dias, crime ocorrido em março de 2003. Na época, o Juiz era corregedor dos presídios e da Vara de Execuções Criminais de Presidente Prudente. “Di”, integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), foi condenado a 26 anos e oito meses de reclusão, em regime inicial fechado.
Os jurados acolheram a tese do MP de que Adilson Daghia participou da execução do Juiz, contratando, junto com outros comparsas, a adulteração do chassi e a falsificação da documentação de um carro que recebeu placa de Presidente Prudente para que o Juiz pudesse ser seguido e observado sem levantar suspeitas. Adilson também ajudou na fuga dos autores dos tiros que mataram o Juiz.
Os jurados consideraram Adilson Daghia culpado pelo crime de homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e mediante emboscada).
A Justiça negou ao réu o direito de recorrer em liberdade uma vez que ele já fugiu da prisão em 2001 e ainda possui outras condenações pendentes.
De acordo com o Promotor de Justiça Carlos Roberto Marangoni Talarico que atuou no julgamento, realizado no Fórum Criminal da Barra Funda, na capital, Adilson Daghia era o último envolvido com a morte Juiz Antonio José Machado Dias que faltava ser julgado.
Todos os outros acusados pelo crime foram condenados em julgamentos desaforados da comarca de Presidente Prudente para a Capital e realizados num período de 7 anos.