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Administração Superior e Gestão

"Armar a população não diminuirá a violência", diz Sarrubbo à 'Veja São Paulo'

PGJ tratou também da efetivação dos direitos sociais do artigo 6º da Constituição Federal

Em entrevista publicada pela revista "Veja São Paulo" no último fim de semana, o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, colocou-se frontalmente contra a ideia de facilitar o acesso às armas como uma resposta governamental no campo da segurança pública. "Armar a população não diminuirá a violência", declarou o PGJ ao jornalista Clayton Freitas.

Na conversa com o repórter, Sarrubbo tratou ainda da criação específica de uma Promotoria voltada à segurança, da complexidade do problema que as autoridades têm pela frente na questão da cracolândia e da efetivação dos direitos sociais consagrados no artigo 6º da Constituição Federal.

"Nós temos já um projeto que é a criação da Promotoria de Segurança Pública. Um promotor ou mais pensando segurança pública enquanto direito social, tendo os instrumentos de inquérito civil, ação civil pública, o poder de recomendação para que possa influir um pouco mais", disse Sarrubbo. Segundo ele, o Ministério Público, dentro do que for possível, trabalhará ao lado do poder público no caso da cracolândia para "encontrar um caminho e uma solução que possam acolher as pessoas que estão sofrendo ao extremo e, ao mesmo tempo, atender à questão do urbanismo, dos moradores e comerciantes". Ele enfatizou a necessidade de uma aproximação cada vez maior com as camadas mais vulneráveis da população para mostrar que a instituição "é o canal mais eficiente para conseguir cidadania".