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Administração Superior e Gestão

Sessão de desagravo ao procurador de Justiça Eduardo Dias é realizada na sede do MPSP

Reunião do Órgão Especial ocorreu nesta sexta-feira

Na tarde desta sexta-feira (6/9), ocorreu sessão extraordinária do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça do MPSP. O objetivo da reunião, conforme havia sido deliberado pelo colegiado, foi desagravar o procurador Eduardo Dias, que em julho teve de passar pelo detector de metais do Tribunal de Justiça mesmo depois de ter se identificado como membro do Ministério Público. "As instituições precisam se aprimorar. A gente precisa mudar. Precisa avançar", afirmou Dias em seu pronunciamento, referindo-se a atos de discriminação de caráter racial. "Fica aqui o nosso compromisso de continuar a agir para que fatos como esse não aconteçam em qualquer âmbito", disse o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, que presidiu a sessão, na qual a palavra foi franqueada a diversos membros da instituição, da universidade, da sociedade civil e dos movimentos sociais.

"Nenhuma reparação devolve as coisas ao estado anterior", destacou o procurador Paulo Afonso Garrido, que se pronunciou em nome do Órgão Especial. Os procuradores Motauri Ciocchetti de Souza (corregedor-geral do MPSP), Arthur Lemos Junior (secretário do Conselho Superior do MPSP), Walter Sabella, Mario Malaquias (Rede de Enfrentamento ao Racismo), Norberto Joia, Lauro Luis Ribeiro, Roberto Livianu, Luciana Bergamo e Valderez Abbud expressaram a sua solidariedade ao colega, bem como os promotores Arthur Pinto Filho e Paulo Penteado (presidente da Associação Paulista do Ministério Público). "Eduardo Dias é um homem que dedicou sua vida à defesa dos Direitos Humanos", disse Penteado, em nome de toda classe.

Coube ao oficial de Promotoria Claudio dos Reis se manifestar em nome dos servidores. Pela Defensoria, teve a palavra a defensora Fernanda Balera. Representantes de entidades como Centro Dias de Direitos Humanos, Centro Gaspar Dias de Direitos Humanos, Instituto de Referência Negra Peregum, Pastoral da Criança e Educafro foram à tribuna, assim como da Universidade de São Paulo e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.