O Ministério Público do Estado de São Paulo obteve em júri popular realizado na sexta-feira (27/11) a condenação de Caio Grógia de Souza Freitas de Sá à pena de 62 anos e 3 meses de reclusão pela morte de três pessoas em Guarulhos, no dia 2 de dezembro de 2012.

De acordo com a denúncia oferecida pelo MP, Caio é integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) e pretendia ascender na hierarquia da facção criminosa. Para tanto, foi lhe dada a tarefa de matar um policial e ele decidiu assassinar o PM Cláudio Honório de Morais, o qual sempre teve fama de ser implacável com bandidos.

Caio atirou contra o PM em um bar localizado no Jardim Tranquilidade e acabou matando, além do policial, mais duas pessoas que estavam próximas. Outras três pessoas ficaram feridas.

O réu foi defendido por quatro advogados em Plenário, mas não conseguiu convencer os jurados de que não participou do crime e que estava em outro local.

No julgamento, o Promotor de Justiça Rodrigo Merli Antunes comprovou que Caio acabou por confessar informalmente os crimes praticados a um agente de escolta da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), que prestou depoimento no Júri, apesar de ter sido ameaçado de morte pelo réu. O MP também sustentou a filiação de Caio ao PCC, fato que ele também negou.

A Justiça fixou a pena final em 62 anos e 3 meses de reclusão, em regime inicial fechado. O réu, que está preso, não poderá recorrer em liberdade.