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Wednesday, 25 de november de 2015

MP denuncia pintor por mortes em série no Jabaquara, zona sul da Capital

Homem é acusado de seis assassinatos e ocultação dos cadáveres
Homem é acusado de seis assassinatos e ocultação dos cadáveres

O Ministério Público do Estado de São Paulo ofereceu, nesta terça-feira (24/11), denúncia à Justiça contra o pintor Jorge Luiz Morais de Oliveira, conhecido como “Wolly”, pela morte de seis pessoas. Os crimes aconteceram entre janeiro a outubro e todas as vítimas tiveram seus corpos enterrados na própria casa do pintor, no bairro do Jabaquara, na capital.

De acordo com a denúncia, no primeiro crime ocorrido no dia 11 de janeiro de 2015, Jorge Luiz atraiu Renata Christina Pedroza Moreira para sua residência com a finalidade de consumir drogas. Incentivou a vitima a consumir droga e álcool de modo que não pudesse apresentar resistência e a estrangulou com as próprias mãos. Em fevereiro fez outra vítima, nas mesmas circunstâncias: Paloma Aparecida Paula dos Santos.  Na noite de 30 de abril, agindo da mesma forma, matou Andreia Gonçalves Leão, conhecida como “Baianinha”.

Depois, no dia 29 de maio de 2015, Jorge de Oliveira matou Kelvin Dondoni Cabral da Silva, também por estrangulamento, mesma causa da morte de Natasha Silva Santos, que no dia 1º de julho bateu à sua porta para vender livros. Oliveira ofereceu-lhe maconha e, juntamente com outras pessoas ainda não identificadas, estuprou-a e, em seguida, a matou. De acordo com a denúncia, o pintor ainda matou a facadas Carlos Neto Alves de Matos Júnior, o “Mudinho”, por não aceitar sua condição de homossexual e travesti. Todas as vítimas tiveram seus corpos enterrados na própria casa do pintor.

Jorge Luiz Morais de Oliveira foi denunciado seis vezes por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, uso de meio cruel e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima).

O pintor também foi denunciado por vários estupros contra uma jovem viciada em drogas e com deficiência mental moderada. Entre julho e outubro, a mulher foi diversas vezes atraída à residência de Jorge que, dizendo-se integrante de facção criminosa e com uso de violência, forçava-a a manter relações sexuais com ele.

Jorge de Oliveira acabou reconhecido por uma vítima de roubo cometido no dia 5 de janeiro, quando ele e um comparsa, ainda não identificado, levaram sua bolsa com R$ 140 e documentos. De acordo com a vítima, Jorge apontava ostensivamente uma arma de fogo contra a sua cabeça e ainda efetuou disparos contra o chão, de modo a amedrontá-la. Identificado após a repercussão dos homicídios, o pintor acabou denunciado também por roubo qualificado.

Segundo a denúncia, formulada pela Promotoria de Justiça do I Tribunal do Júri da Capital, Jorge “tem claro comportamento psicopata, demonstrando ser pessoa cruel e preordenada a matar qualquer pessoa em virtude de sua intolerância e ojeriza por pessoas homossexuais, transexuais, travestis e viciados em droga”.

A pedido do MP, a Justiça decretou nesta terça-feira (24/11),  a prisão preventiva do pintor que, até então cumpria prisão temporária.


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