Na audiência de custódia ocorrida neste domingo (1º/10), no Fórum da Barra Funda, a promotora de Justiça Maria Cecília Alfieri Nacle pediu a conversão do flagrante em prisão preventiva da vendedora Talita Sayuri Tamashiro, de 28 anos, motorista que atropelou e matou três pessoas (um homem e duas mulheres) em um acidente na Marginal Tietê na madrugada de sábado (30/9). A motorista estava embriagada, com a carteira de habilitação suspensa desde julho e, no momento do acidente, falava ao celular. Ela foi presa em flagrante sob a acusação de embriaguez ao volante e homicídio doloso, ou seja, com intenção pois assumiu o risco de matar.
A promotora fundamentou o pedido de prisão preventiva justificando perigo à ordem pública pelo fato de ter sido um crime de grande repercussão social que trouxe intranquilidade à sociedade, além do fato de a motorista ter descumprido a lei por estar dirigindo com a habilitação suspensa, pois estava impedida de dirigir, e também por Talita ter admitido aos policiais que atenderam a ocorrência que havia bebido antes de dirigir e que falava ao celular no momento do acidente.
“Pedi a preventiva também para proteção da integridade da própria motorista, uma vez que o crime causou clamor social”, afirma Maria Cecília. “E, principalmente, para resguardar a sociedade do risco dela vir a ceifar outras vidas porque ela sabia que estava com a carteira de habilitação suspensa e mesmo assim transgrediu a legislação”, explicou a promotora.
As vítimas, o fisioterapeuta Raul Fernando Nantes, de 48 anos, a auxiliar de produção Aline de Jesus Souza e a gerente Vanessa Lopes Relvas, ambas com 28 anos, estavam fora do carro, uma BMW 320i, no acostamento do lado esquerdo da pista expressa, sentido Rodovia Ayrton Senna, logo após a Ponte dos Remédios, quando foram atingidas pelo veículo de Talita. Antes de atingir as vítimas o carro de Talita bateu na mureta. As vítimas morreram no local após terem sido atropeladas.
Os dois veículos ficaram prensados contra a grade de proteção da pista. Uma quarta pessoa também foi atingida, mas foi socorrida com vida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O teste de bafômetro feito logo depois do acidente apontou que a motorista tinha 0,48 miligrama de álcool por litro de ar em seu organismo. Acima de 0,34 mg/l a pessoa responde criminalmente.
