Fernanda Elias discute enfrentamento à fome com membros do Conselho Superior

Na sessão desta terça-feira (2/7), a promotora de Justiça Fernanda Elias, que atua em Paulínia, apresentou aos membros do Conselho Superior do MPSP de que maneira vem atuando no combate à fome em sua comarca. "Esse é um tema que atravessa diversas áreas de atuação", pontuou a promotora, que integra a Rede de Enfrentamento à Fome da instituição.

Ela lembrou que um terço de tudo que o mundo produz de gêneros alimentícios não chega ao consumidor final. Daí, a importância de se apostar no que os especialistas definem como cadeias curtas de produção, mitigando o risco de perdas. Ela ressaltou também que a Promotoria fiscaliza o cumprimento do fornecimento de 30% de alimentos in natura para o preparo de merenda nas escolas, como exige a legislação.

"Esse projeto é a experiência que o Ministério Público precisa para ganhar escala", declarou o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa. Para o PGJ, a atuação em favor daqueles que estão expostos à insegurança alimentar se coaduna com a política institucional de dar centralidade à vítima. "Vou mencionar a sua apresentação no grupo de trabalho", acrescentou Oliveira e Costa, citando o grupo instituído pela Procuradoria-Geral para tratar das medidas que reforçarão a centralidade da vítima na atuação do MPSP.  "É difícil defender o direito de quem está de barriga vazia. Isso é básico", observou o conselheiro Fausto Junqueira, ao cumprimentar Fernanda por seu trabalho. Ele citou a cartilha da Rede de Enfrentamento à Fome como um documento importante a ser consultado pelos promotores.

Também na reunião desta terça, o promotor Neudival Mascarenhas, que se aposentou na segunda-feira e passará a integrar a direção da Associação Paulista do Ministério Público (APMP), teve oportunidade de fazer uma manifestação ao Conselho. "O Ministério Público foi muito importante na minha vida, me moldando como cidadão e como ser humano", disse ele. "O senhor sempre honrou e dignificou essa instituição. O senhor é uma referência no Tribunal do Júri", respondeu o PGJ, falando em nome de todos os conselheiros.