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Criminal

Justiça aceita denúncia do MPSP por homicídios e exploração de jogos de azar

Também a pedido do GAECO e da Promotoria de Piracicaba, réus tiveram prisões decretadas

Sete homens denunciados pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e pela Promotoria de Piracicaba responderão por dois homicídios praticados em disputa por pontos de jogos. A decisão do Poder Judiciário que transformou os acusados em réus também por organização criminosa e exploração de jogos de azar é desta terça-feira (2/7). Os alvos tiveram ainda suas prisões preventivas decretadas.

A primeira vítima, um empresário, foi assassinada em maio de 2018 dentro de seu estabelecimento comercial com três tiros. Seu filho deu continuidade à exploração de jogos de azar e também acabou morto, executado na rua. A denúncia oferecida pelo Ministério Público identificou os mandantes, seus intermediários e um envolvido na execução dos homicídios. Diligências continuam acontecendo para identificar os demais executores. 

Além disso, a investigação realizada pelo MPSP identificou a relação estreita entre os integrantes da organização criminosa de exploração de jogos de azar com a facção conhecida como PCC, cujos integrantes atuavam em conexão para realizar cobranças e missões destinadas à execução de crimes de mando.

Para o promotor Aluisio Antonio Maciel Neto, um dos signatários da denúncia, as apurações revelaram que uma aparente contravenção penal, como a exploração de jogos de azar, pode encobrir uma grande estrutura para a prática de crimes violentos e graves. "Não é apenas o jogo em si, mas o que se constrói a partir dele com o poderio econômico angariado, seja para a corrupção de agentes públicos ou a execução de crimes de mando, no mesmo modelo de máfias italianas", afirmou o membro do MPSP. 

O assassinato do empresário levou à deflagração, em maio deste ano, da Operação Jogo da Vida. Na ocasião, as autoridades apreenderam duas armas, 172 munições, seis acessórios de armas de fogo, R$ 310 mil em dinheiro, cerca de R$ 492 mil em cheques, cinco máquinas caça-níquel, 36 placas mãe de computador, 215 aparelhos celulares sem procedência, duas bolsas com dezenas de chaves de máquinas caça-níquel, planilhas e diversas anotações da organização criminosa.

Além de Maciel Neto, assinaram a denúncia os também promotores Gustavo Luís de Oliveira Zampronho, André Camilo Castro Jardim e Alexandre de Andrade Pereira.