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Criminal

Polícia Federal e GAECO deflagram operação visando a desarticular organização criminosa e investigam vínculo com Máfia Chinesa

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão

A Polícia Federal, em trabalho conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou na manhã desta terça-feira (31/10) a Operação Nian, visando ao desmantelamento de uma organização criminosa voltada à prática de crimes patrimoniais, lavagem de capitais e do provável comércio ilegal de armas de fogo e munições.

A investigação teve início com informações provenientes de uma instituição financeira acerca de movimentações atípicas em contas abertas ali. 

No decorrer da apuração, constatou-se a existência de organização criminosa que arregimentava pessoas (“laranjas”) na região do Brás, na capital paulista, para figurarem como titulares de contas que serviram para receber milhões de reais, oriundos de vítimas do crime de estelionato.  

Entre outros golpes, os criminosos ofereciam uma falsa promessa de trabalho, sendo que o saque da remuneração era condicionado a uma contrapartida em dinheiro. Dessa forma, a vítima desenvolvia atividades em uma plataforma virtual, acumulava créditos (salário), mas, para sacá-los, o que nunca ocorria, teria que fazer um PIX como contrapartida.

Estima-se que a organização criminosa tenha arrecadado, aproximadamente R$ 4 milhões em apenas seis meses, vitimando pessoas em diversos Estados.

Esse montante foi rapidamente transferido para contas de pessoas jurídicas, sendo que parte desse dinheiro foi repassado, sem aparente justa causa, a uma empresa que comercializa armas e munições.

Alguns dos investigados têm parentesco direto com um cidadão chinês que foi extraditado, do Brasil para a China, no ano de 2019, pela prática de crime de organização, liderança ou participação ativa em organização do tipo máfia, extorsão e detenção ilegal de pessoas.

No total, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão domiciliar na capital e em São Bernardo, além de terem sido executadas várias medidas cautelares de sequestro e bloqueio envolvendo o patrimônio dos investigados. 

A operação também contou com o apoio do Exército Brasileiro e da Receita Estadual.