Cinco são presos em operação do MPSP contra comunidades terapêuticas irregulares na capital

Cinco pessoas foram presas na última terça-feira (25/6) durante operação conduzida pelo MPSP em duas comunidades terapêuticas irregulares situadas na Ilha do Bororé, extremo sul da capital paulista. Os espaços abrigavam adultos e adolescentes em condições inadequadas, incluindo dois pacientes em estado grave que precisaram ser levados a hospitais. Outros dois, com deficiência mental, receberam atendimento pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e foram encaminhados a parentes. 

O Conselho Tutelar atuou para entregar a pais e responsáveis aproximadamente 24 jovens com menos de 18 anos encontrados nos locais. As autoridades liberaram também todos os adultos.

Realizados com o apoio da Polícia Militar, os trabalhos tiveram início a partir de uma denúncia anônima registrada na Promotoria de Infância e Juventude informando sobre a ocorrência de maus-tratos em uma comunidade terapêutica que atendia adolescentes dependentes químicos. Durante a operação, o promotor de Justiça Charles Pizoni e integrantes do Núcleo de Assessoria Técnica Psicossocial (NAT) constataram o funcionamento de dois estabelecimentos, separados por poucos metros de distância. Os pacientes eram mantidos em situação degradante, sem contar com o suporte de profissionais habilitados e relataram a prática de abusos como cárcere privado e torturas.