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Tutela Coletiva e Cível

Atuação de promotora favorece atendimento a crianças e jovens vítimas de violência em Colina

Fluxo intersetorial foi apresentado por Paloma Marques Pereira durante evento

Após quase um ano de trabalho fomentado pela promotora de Justiça Paloma Marques Pereira no município de Colina, aconteceu no dia 3 de julho evento para apresentação do fluxo intersetorial de atendimento especializado a crianças e adolescentes em situação de violência, implementado por decreto municipal. Os presentes, incluindo prefeito, vereadores, médicos das unidades de saúde, diretores de escolas e secretários municipais, conheceram detalhes das fichas personalizadas de escuta e de relato espontâneo, assim como o banner desenvolvido para fixação nos principais pontos da cidade. 

As medidas desenvolvidas em Colina contaram com suporte do Centro de Apoio Operacional Cível e Tutela Coletiva (CAO Cível) e do Núcleo de Assessoria Técnica Psicossocial (NAT), conforme o Guia Operacional de Enfrentamento a Violência contra Crianças e Adolescentes do MPSP e curso sobre o tema disponibilizado pela Escola Superior do Ministério Público. 

"Estou muito feliz com esse resultado. Ainda temos um caminho pela frente, mas acredito que, com o decreto já publicado, a comissão formada e o fluxo já acontecendo, vai ficar difícil retroceder. Inclusive, o curso da Escola Superior foi feito por todos e agora está expandindo para mais pessoas da rede protetiva", afirmou Paloma. Ela lembrou a campanha realizada durante a Festa do Cavalo de Colina deste ano para conscientizar o público sobre a importância do combate à violência contra criança e adolescente. "Fiquei feliz e orgulhosa da rede protetiva local especialmente porque, no ano anterior, um vereador que era também professor de hipismo de crianças foi processado e preso a pedido do MPSP por abusar de várias meninas naquele espaço. Este ano, no lugar do algoz, tivemos a divulgação de materiais feita por uma comissão empenhada em proteger crianças e adolescentes. Foi muito significativo", acrescentou a promotora.

Os esforços para levar à construção de uma política pública voltada ao atendimento de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência se intensificaram após dois casos graves ocorridos em Colina envolvendo tortura e agressão sexual. Apesar de considerar que ambos tiveram boa resposta na esfera criminal, Paloma entendeu que se faziam imprescindíveis também ações de proteção e cuidado em relação às vítimas, nos termos das Leis 13.431/17 e 14.344/22.

O CAO Cível e o NAT estão preparados para assessorar promotores e promotoras de Justiça que desejem implementar a Lei 13.431/17 na sua comarca, seja de titularidade ou designação.